tag:blogger.com,1999:blog-34510941725420414532024-02-22T11:42:29.720-08:00Senso IncomumCharlottehttp://www.blogger.com/profile/04980531449517549327noreply@blogger.comBlogger72125tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-9370612843542684832009-03-20T04:01:00.000-07:002009-03-20T04:02:35.281-07:00Bom dia, meninas!<object width="240" height="240"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/YHBtMxhsey4&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/YHBtMxhsey4&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="240" height="240"></embed></object>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-48323129264205608912009-03-09T11:14:00.000-07:002009-03-09T11:39:13.204-07:00A experiência feminina<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7nVHZInPBvVu-lDQ2HRFCZFKuMmQcfwXhL-t-aVjMFWyI0WErAxhd9wGueAkfD-xE5VMdV_Dj8QcxRTiXZfnc_ALy6tVtu4FQEreJZRD3NoOcsllvpE_4uoISusAzii0OKg3pQi4yN1yt/s1600-h/Di_Cavalcanti_mulheres_protestando.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5311259183393383794" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 223px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7nVHZInPBvVu-lDQ2HRFCZFKuMmQcfwXhL-t-aVjMFWyI0WErAxhd9wGueAkfD-xE5VMdV_Dj8QcxRTiXZfnc_ALy6tVtu4FQEreJZRD3NoOcsllvpE_4uoISusAzii0OKg3pQi4yN1yt/s320/Di_Cavalcanti_mulheres_protestando.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">A experiência de ser mulher é reveladora de uma essência ou de modos de vida socialmente instituídos ao longo do tempo?<br />Responder a esta pergunta é responder politicamente sobre o que é ser mulher.<br />É uma pergunta que me faço recorrentemente e para a qual não encontro resposta definitiva. Neste sentido, é uma provocação.<br />Daí que ser mulher para mim é uma busca constante. Uma busca por sentidos, pelo prazer, pela liberdade, pelo desenvolvimento da razão e da espiritualidade, pelo acolhimento, pelo carinho e pela confiança.<br />No fundo, no fundo, a mulher não existe, como disse Lacan. Existem mulheres, com suas histórias pessoais, seus sonhos e desilusões, suas conquistas e suas buscas.<br />As identificações, quando existem, são afetivas e políticas. Talvez ser feminista seja ser humanista, afinal, e repudiar a violência e o preconceito, quer elas surjam como machismo, como racismo ou como homofobia.<br />Para pensar, fica esta bela citação de Rilke:<br /><br /><br />"A mulher em que a vida habita mais direta, fértil e cheia de confiança, deve, na realidade, ter-se tornado mais amadurecida, ... Esta humanidade da mulher, levada a termo entre dores e humilhações há de vir à luz, uma vez despidas, nas transformações de sua situação exterior, as convenções de exclusiva feminilidade. Os homens que não a sentem vir ainda, serão por ela surpreendidos e derrotados. Um dia ali estará a moça, ali estará a mulher cujo nome não mais significará apenas uma oposição ao macho nem suscitará a idéia de complemento e de limite, mas sim a de vida, de existência: a mulher-ser-humano. Esse progresso há de transformar radicalmente a vida amorosa hoje tão cheia de erros numa relação humana, além de macho para fêmea. E esse amor mais humano assemelhar-se-á àquele que nós preparamos lutando fatigosamente, um amor que consiste na mútua proteção, limitação e saudação de duas solidões."<br />(RAINER MARIA RILKER, 1904) </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Imagem: Di Cavalcanti, Mulheres Protestando</div>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-51480918322877452922009-02-27T11:10:00.000-08:002009-02-27T11:12:13.751-08:00Bom final de semana, pessoal!<object width="340" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/4FKts1JOaJc&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/4FKts1JOaJc&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="340" height="340"></embed></object>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-63770086095045190512009-02-11T04:07:00.000-08:002009-02-11T04:10:50.717-08:00Tempos Sombrios ou Tempos Luminosos?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilZdz79IFqIEGMgaHxNstyOx-QRVgf5YbWLzhdS1bXvmdVicGwO8poj_LEm-aB_V6JXFDofgM7GePxnrPkgORsW2fVhKun-kKaxm1iM3Ic_jO7uuuz2geCWuMV1G7JL62U1huyBkciaRmY/s1600-h/Anhangabau.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5301511042126360946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 235px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilZdz79IFqIEGMgaHxNstyOx-QRVgf5YbWLzhdS1bXvmdVicGwO8poj_LEm-aB_V6JXFDofgM7GePxnrPkgORsW2fVhKun-kKaxm1iM3Ic_jO7uuuz2geCWuMV1G7JL62U1huyBkciaRmY/s320/Anhangabau.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br />Sol das oito horas da manhã do verão. Raios claros e intensos incidem sobre o concreto e o vidro. Ao longo do vale os edifícios rompem o asfalto, carros seguem em muitas direções. Meu imaginário vagueia em busca de contornos alternativos, do frescor das matas e dos palácios orientais. Se eu tivesse outro sonho feliz de cidade, o que acharia de São Paulo? Caminho pelo centro da cidade. Uma estrutura de rede de TV vela em frente à sede da prefeitura. Lá dentro está o prefeito, cujas decisões reverberam em muitas vidas. Apoiado pela maioria (afinal, foi eleito por ela), para ele se voltam olhos e ouvidos da cidade. Todos querem ouvi-lo, todos esperam que ele tenha idéias e propostas para que algo aconteça. A câmera da TV está à espreita de um grupo de manifestantes que, com suas faixas e bandeiras vermelhas, desce de uma van. A manifestação tem hora e data para acontecer, e avisou a rede de TV. A oposição caminha dentro do espetáculo esperado. Quer o prefeito ceda ou não, a vida continua.<br />Vejo os moradores de rua. São o resíduo de uma história de escolhas políticas de homens de poder. Penso nos homens de poder de quem de alguma forma estou próxima, por assim dizer. Sua resistência em medidas transformadoras. Em ciência política chamam a isso de incrementalismo – as decisões são tomadas dentro de um espectro em que há continuidade. Penso na Ágora. Quando fazíamos política para decidir nosso destino; todos, em praça pública. Quando a possibilidade de inventar o novo estava posta dia-a-dia, pois aí residia a nossa humanidade: na capacidade de invenção da nossa própria vida, do nosso próprio destino. O argumento de que na Grécia Antiga nem todos participavam da Ágora não refresca a nossa situação. Embora votemos todos a cada eleição, que poder temos de transformação, de invenção, de criação do nosso destino? Continuo caminhando. As lojas convidam ao consumo, como se me dissessem, “Consuma e viva para consumir. Não pense em mais nada.”. Na bolsa de valores decisões importantes são tomadas a cada dia. Passo em frente à bolsa todos os dias, e não tenho nenhuma gerência sobre o que acontece lá. A bem da verdade, mal tenho poder na “repartição” em que trabalho. Estamos vivendo tempos sombrios, desde a Segunda Guerra? Significa dizer que as duas últimas gerações estão com os olhos velados. Recuso-me a acreditar que meu destino seja sombrio, pois o sonho e o pensamento, o desejo e a consciência pulsam em mim. Talvez este momento seja apenas mais uma cortina, a obscurecer a luminosidade que há por trás de tudo. </div>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-44860081784696838012009-02-10T03:48:00.001-08:002009-02-10T04:02:24.948-08:00Talvez...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrmSXt2GaSwXE5T5BoUTbz-vhDT2cMJzDR_WqMgXahMDjDn_ETsZr5hO1jes5-1mj88dQZ5VjrZnPI6gE6g3OFFrPH_cwebNpdrLLYLOMwOWr_N3Ru_shSqNs9IuHGryRsJLvxXLg7HTYn/s1600-h/Ecstasy+by+Alex+Grey.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5301137658138439442" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 206px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrmSXt2GaSwXE5T5BoUTbz-vhDT2cMJzDR_WqMgXahMDjDn_ETsZr5hO1jes5-1mj88dQZ5VjrZnPI6gE6g3OFFrPH_cwebNpdrLLYLOMwOWr_N3Ru_shSqNs9IuHGryRsJLvxXLg7HTYn/s320/Ecstasy+by+Alex+Grey.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:78%;">Ecstasy by Alex Grey<br /></span><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Se eu me mantiver contemplativa, talvez caminhe enxergando a vida pelo caminho. Talvez eu veja a beleza de um canteiro florido (ou mesmo de um canteiro com mato). Talvez eu observe as pessoas sem julgá-las, e veja a beleza de seus atos. Talvez meu pensamento possa estar nessa contemplação, e não ocupado com as providências cotidianas (tampouco com aquelas providências hipotéticas). Talvez eu re-encontre a singela alegria de viver a todo momento, e não apenas quando tenho a companhia de quem amo, ou quando medito no ser crístico. Talvez eu consiga amar o tempo todo, um amor traquilo e desinteressado. Talvez eu, afinal, tenha a consciência da harmonia que existe no mundo a todo instante, e anda por aí mais feliz. </div>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-65943827741346113252009-01-16T11:58:00.000-08:002009-01-16T12:16:14.209-08:00COBRANÇA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ7gDCiNZXUBzlOSmsrAOu75x9AIN7zwJiQKLnEVM715XxEwYEEg7L47kTQjlBfkBsGs-egcufJqvwV4SBQjUtUNRODXAl_yUmCdammlyNlJBc4GdskNOShGfZOWhmEFRk4KydFJPNpYqP/s300-h/tempo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5291986158254309298" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 121px; CURSOR: hand; HEIGHT: 82px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ7gDCiNZXUBzlOSmsrAOu75x9AIN7zwJiQKLnEVM715XxEwYEEg7L47kTQjlBfkBsGs-egcufJqvwV4SBQjUtUNRODXAl_yUmCdammlyNlJBc4GdskNOShGfZOWhmEFRk4KydFJPNpYqP/s200/tempo.jpg" border="0" /></a>A Vida vem e me chama:<br />- "Já dei muitas chances pra vc, minha velha. Chegou a hora de criar".<br />Respondo com o poema de Mário Quintana:<br />- "O velho poeta<br />Velho?! Mas como?! Se ele nasceu na manhã de hoje...<br />Não sabe o que fazer do mundo,<br />Das suas mãos,<br />De si mesmo,<br />Do seu sempre primeiro e penúltimo amor...<br />E - quem diria ? - o que ele mais teme na vida é o seu próximo poema!"<br /><br />A vida sorri e joga um guinéu de ouro. Depois, fecha a porta na escuridão.Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-38548860558083858602009-01-13T07:39:00.000-08:002009-01-13T07:55:06.539-08:00Uma despedida<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqya6YRfDYglyalEJJMlw7FUQESdIgCML6Pi7QDJA8z8EVLHCAJvxebpSAhCPL9s9nL-UcbBxlpldqFor17fdGzFYJtrgBhdPMcvpj6SikGhcNlVnStueUfIcT3kvt3W0w5LdlkoAypqBi/s1600-h/despedida.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290807249234035666" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 262px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqya6YRfDYglyalEJJMlw7FUQESdIgCML6Pi7QDJA8z8EVLHCAJvxebpSAhCPL9s9nL-UcbBxlpldqFor17fdGzFYJtrgBhdPMcvpj6SikGhcNlVnStueUfIcT3kvt3W0w5LdlkoAypqBi/s320/despedida.jpg" border="0" /></a><br /></div><div align="justify">Pelotas ganha uma professora de música; despeço-me de uma amiga querida. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Minha amiga Lúcia parte para assumir seu lugar como professora da Universidade Federal em Pelotas. Fico aqui, vendo-a acenando no páteo do colégio, de olhos marejados e coração apertado.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Como é duro nos despojarmos, nos desapegarmos. Quero dizer: vá, Lúcia, seja muito feliz!, mas fico lembrando de momentos marcantes da nossa amizade, e sinto vontade de chorar como uma criança. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Depois de um longo suspiro convenço-me de que é uma grande oportunidade para ela, e de que os amigos são estas criaturas que deixam sua energia conosco por um tempo, e que, afinal, o mundo está ávido de pessoas bacanas, que possam iluminar outros cantos além do nosso quadrado, para citar uma música bastante popular por aqui neste verão. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Então é isso. Obrigada por tudo, Lúcia, e tudo de bom lá em Pelotas!</div>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-51616164396360552472009-01-08T03:36:00.001-08:002009-01-08T03:38:46.263-08:00Início de 2009<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQnFuQ1VgNuxp4wtTLPyTEbK69F0hpDvQOfk4w6kFbICH4Fbr7T6e3flS7HwezNKbgOc6a6topYkG4fp0ytFVp_FmeFu0HfSqpy_YNTJZqofqLLt6QRgz3hBMjCeMy0z31R0F14HC6bDg4/s1600-h/fogos_artif%C3%ADcio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288885906418611618" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 111px; CURSOR: hand; HEIGHT: 120px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQnFuQ1VgNuxp4wtTLPyTEbK69F0hpDvQOfk4w6kFbICH4Fbr7T6e3flS7HwezNKbgOc6a6topYkG4fp0ytFVp_FmeFu0HfSqpy_YNTJZqofqLLt6QRgz3hBMjCeMy0z31R0F14HC6bDg4/s320/fogos_artif%C3%ADcio.jpg" border="0" /></a><br /><div>Nestes dias de retorno das festas percebo que estar na cidade remete-nos a inúmeras inquietações. A agitação tem um quê do retorno à vida cotidiana, com seus desafios. Exercito minha capacidade de manter aquecidas as metas do ano novo, com sua energia revitalizante e transformadora. Tenho feito também um exercício pela paz, nestes dias em que ouvimos lamentáveis histórias de guerra. Penso que a nossa passagem por esta vida é breve, afinal, e este é o grande mote para que vivamos em paz. Questões de território deveriam ser revistas à luz de que a propriedade é um conceito contratual, e não natural. Natural é o amor, a paz, o sentir-se saudável e à vontade dentro da própria pele e fora dela. Desejo um momento de reflexão e de benefício da dúvida àqueles que engendram a guerra. Que eles pensem em fraternidade e assumam a coragem de viver pela paz. Os céticos dirão que sou utópica. Mas é a utopia que move o ser humano para a superação de tudo aquilo que incomoda. Desejo aos leitores que a renovação do ano novo acompanhe todos os momentos, que haja coragem para transformar o que for preciso e para crescer, no caminho da intuição e da felicidade. Feliz 2009 a tod@s.</div>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-47120538705511879312008-12-22T13:53:00.000-08:002008-12-22T18:06:52.793-08:00Madonna Mia!<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmyO_UXamSkykCgLhdr1tZlGgn_iEDYHVpG_5jz8Lj4AaHbUbT55MPVGvfFW6bx7unHTJ6lx2gwZMBpSXNdi57NFQC3pb1TdDH77MHbiGSdYhGAN3IMK9GMbbDcpFaisJwlsWUj8xdI3P5/s1600-h/madonna.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282739185085709250" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 110px; CURSOR: hand; HEIGHT: 128px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmyO_UXamSkykCgLhdr1tZlGgn_iEDYHVpG_5jz8Lj4AaHbUbT55MPVGvfFW6bx7unHTJ6lx2gwZMBpSXNdi57NFQC3pb1TdDH77MHbiGSdYhGAN3IMK9GMbbDcpFaisJwlsWUj8xdI3P5/s400/madonna.jpg" border="0" /></a>Não sou fã. Confesso que o mau humor bateu forte e, na última hora, a única coisa que eu pensava era no porquê eu fui inventar uma coisa dessas. Segui assim para o Morumbi. Ao chegar na arquibancada lotada, tive a sensação de que simplesmente não conseguiria acompanhar o show. Afinal, fãs ardorosos tinham se dado ao trabalho de chegar ao estádio muito mais cedo do que eu. Não foi o que aconteceu. Não só vi, como me impressionei com o que vi. Tudo muito grandioso, muito colorido, muito coreografado, muito plástico e correto. Uma mistura de circo com quartel general: "que entrem as malabaristas recordistas em agachamentos, agora os palhaços marchadores, a mulher barbada-de-barriga-tanquinho, a jaula do leão fisioculturistaaaa!". Voz? Quase nenhuma. Mas com aquela disposição toda em surpreender e um fôlego sem fim quem é que precisa de voz? Acho que único momento de espontaneidade foi quando zombou da chuva (que não veio): "Quem foi que disse que iria chover? Eu queria ter do que reclamar!", disse a diva pop (que também é "rock", "metal"e "hip hop"). Eu também queria ter do reclamar. Mas para quem passou a infância toda ouvindo FM como eu, não posso negar que rolou uma certa emoção com coisas como Borderline, Express Yourself e Like a Prayer (a melhor, claro!). Como não sou muito chegada a circo (muito menos as forças armadas), provavelmente não volto. Mas a sensação de ver tudo pela primeira vez, não vou esquecer. Me joguei. E a-mei!</div>Dianahttp://www.blogger.com/profile/03604254774662536803noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-67122766126363193262008-12-07T15:20:00.000-08:002008-12-08T14:03:41.808-08:00Halleluja!<object width="300" height="300"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8jGSiaDj_fw&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/8jGSiaDj_fw&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="300" height="300"></embed></object>Dianahttp://www.blogger.com/profile/03604254774662536803noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-85014342767746941522008-12-04T03:40:00.000-08:002008-12-04T03:45:12.107-08:00Pão com manteiga<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj08EMuobYSCGCMj-KP7cXSl-p7wU-3Kch4rgpNzKBdXArAZAiqj85G9q4PCU4WMH5F758mLzrRjhC4tgyOoK7J6PkF6jQ8Wm53zV2OEOxtdiYI_RLUyy7PZiK-eZTNiWN089fgMEHJC7lk/s1600-h/p%C3%A3o_com_manteiga.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5275899298519133714" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 150px; CURSOR: hand; HEIGHT: 113px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj08EMuobYSCGCMj-KP7cXSl-p7wU-3Kch4rgpNzKBdXArAZAiqj85G9q4PCU4WMH5F758mLzrRjhC4tgyOoK7J6PkF6jQ8Wm53zV2OEOxtdiYI_RLUyy7PZiK-eZTNiWN089fgMEHJC7lk/s320/p%C3%A3o_com_manteiga.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">São Paulo, 03 de dezembro de 2008, 23h52min.<br />Pão com manteiga<br />Hoje me deu vontade de escrever para agradecer... Agradecer ao Grande Criador... Agradecer também à Luísa... Agradecer às Magas... O porquê? No final desse texto talvez se compreenda... Bom, talvez no final não dê para entender... Talvez nem a própria Luísa ou as magas entendam... Mas, que ao menos recebam o meu “muito obrigado”!<br />Sábado fui convidado para um pocket show, porém, envolvido que estava com outras coisas, lamentavelmente não cheguei a tempo para a apresentação, mas apenas para o pão com manteiga (com direito a CD autografado).<br />Parei o carro na rua e desci apressado. Elas estavam ali reunidas, como verdadeira confraria.<br />À minha frente, que bom ver a doce Luísa entre suas amigas, em seu meio, com gostinho de Prosecco, os comentários, os sorrisos, a voz baixa.<br />Na minha diagonal direita, que bom ver a brilhante Maíra, sua voz peculiar e seu jeito contagiante, falando com animação, comentando, super chique, sobre gastronomia... Pensei comigo “será que essa menina sabe o quanto brilha?”<br />Sobre a terceira (last but not least) “Paula Coelha” no local, a distinta Diana, direi apenas que ela comia um pão com manteiga... Isso mesmo, sentada ao meu lado, ela comia um pão com manteiga... Por que frisar o pão com manteiga? Mais adiante se compreenderá...<br />Terça-feira. Saio para o trabalho com a pequena mala pronta. Depois do expediente um vôo para Belo Horizonte. Check-in, jantar, discussões, estratégias e especulações sobre o dia seguinte, fazer a barba, tomar um banho, pescar algumas notícias na TV, e o relógio alerta: 01h00minh.!<br />Seis da manhã o despertador, gravata, gel no cabelo, descer para o café...<br />Mas o que têm todas essas coisas a ver umas com as outras? Espero que se compreenda mais adiante...<br />Depois do café o check-out, os olhos ainda pesados pelo sono de cinco horas (e com interrupções) olham para a tela de plasma na recepção... Quem vejo? Entrevistando um cara, Diana na televisão, naquele famoso e respeitado canal de notícias. Quem? Diana, entrevistando um cara!<br />Despertei. Comentei com os colegas “Ei! Conheço essa menina!”. Pensei com minha cabeça de menino pensante que também pensa amenidades: “Como pode?! Hoje toda importante, na televisão (e eu que nunca conheci alguém que aparecesse na televisão), sábado ali comigo e as outras magas comendo pão com manteiga!?!<br />Senti vontade de agradecer. Vocês, magas, são demais!<br />Maíra, genial, talentosa, bem-humorada e brilhante, com um documentário na cabeça!<br />Luísa, fantástica, delicada e sensível, terminando seu mestrado, com texto a ser publicado no exterior!<br />Diana, perspicaz, distinta, aparece em um internacional e tradicional canal de notícias!<br />Charlotte, ainda não te conheço, mas você mora no exterior, então não preciso falar mais nada!<br />Mesmo sendo tudo isso, vocês, de forma extraordinária e notável, continuam cultivando e investindo em seu conteúdo, são bonitas e inteligentes sem perder a simplicidade, a sensibilidade e o lado humano.<br />Sou fã. Devia ter uma série inspirada em vocês...<br />Senti vontade de agradecer.<br />Obrigado, estimadas magas.<br />Obrigado, minha muito querida Luísa, por me oferecer e proporcionar, em pouco mais de uma semana, tanta coisa boa.<br />Don X.</div>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-54595572403194195952008-11-30T06:11:00.000-08:002008-12-01T12:30:05.886-08:00O Não Dito...<div align="justify">"<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZZISUV0nxhBreADTMQaUpiaVPuJZqyqreg47V4A3EJBGFTAgxE21ZuF1yPKGtGtSrvuDUdUnewciZeS3HaBNOluHkroZWZv_Qo6wqlpab2K4-6xhyrSa2FdnC-69xkQ39-gLU-MBIE8Tx/s1600-h/Amor+calado.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5274473626705067026" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 103px; CURSOR: hand; HEIGHT: 118px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZZISUV0nxhBreADTMQaUpiaVPuJZqyqreg47V4A3EJBGFTAgxE21ZuF1yPKGtGtSrvuDUdUnewciZeS3HaBNOluHkroZWZv_Qo6wqlpab2K4-6xhyrSa2FdnC-69xkQ39-gLU-MBIE8Tx/s200/Amor+calado.jpg" border="0" /></a>O amor deve ser lido instantaneamente. Não é uma brincadeira de esconde-esconde". A frase tirada do livro "As Damas do Vento", do ator e cineasta Bernard Giraudeau, resume a lógica do livro. Um discurso sobre o amor que é exposto poeticamente, mas em demasia. Onipresente e Onipotente, esse amor se esgota quando preso a verborragia do francês. É pesado demais, denso demais, mesmo que transfigurado por frases de efeito e belas estruturas poéticas. Talvez, o fato do escritor ser cineasta explique o esfoço de dar uma forma ou visibilidade a um sentimento tão abstrato. O que esquece é que o amor não precisa ser explicitado para ser compreendido. Os italianos parecem ter percebido isso melhor do que os franceses. No livro SEDA, de Alessandro Baricco, o amor não é citado uma única vez. E ao mesmo tempo aparece de forma gloriosa, mas sutil. É um livro que privilegia o silêncio. O que não é dito. O que não é sequer imaginado. E ali ele está. Lindamente descrito sem ser sequer chamado. Os dois livros, curiosamente, são ambientados em outras culturas: "As Damas do Vento, na África e América do Sul e Seda no Japão. Talvez, por perceberem que dentro de nosso próprio contexto as distâncias parecem ainda maiores do que as distâncias espaciais. Ou, porque o Outro radical pode ser a melhor forma de entender o que se passa entre duas pessoas numa relação amorosa. Mas, se as personagens vagueiam pelas mesmas fomes, carências e busca de sentido para a vida, são os espaços e os silêncios usados com maestria por Baricco, que transformam a narrativa num reflexo de diversas vidas. São essas lacunas, os constrangimentos, os amores escondidos que tornam esse livro tão especial, sintetizando o silêncio de diversas vozes. Barrico não banaliza o amor. Ele não quer defininí-lo ou entendê-lo. Ele é apenas um fato. Algo que acontece e deve é experimentado, ainda que muitas vezes não seja compreendido. O autor não cede à tentação de estigmatizá-lo. É um texto para ser lido nas entrelinhas e saboreado por quem já viveu o vazio do não-dito.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-2418374728506845642008-11-27T13:49:00.001-08:002008-11-27T14:44:54.940-08:00Quando a Idade Chega<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4WqprwJOZVtKIJShLAR10rT9rfdiofaC8v9Hwvlfg4MfzoXVJxIxjxvz7_05wb8rLgiPHio27TnQ8sjfL3I2CYB0tNXi_8naHOvC_-gh89yLniCkHQd0k3Qf6wIvcoXH6be25CtOQaACg/s1600-h/velhinha.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5273461494383459922" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 238px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4WqprwJOZVtKIJShLAR10rT9rfdiofaC8v9Hwvlfg4MfzoXVJxIxjxvz7_05wb8rLgiPHio27TnQ8sjfL3I2CYB0tNXi_8naHOvC_-gh89yLniCkHQd0k3Qf6wIvcoXH6be25CtOQaACg/s320/velhinha.jpg" border="0" /></a>Hoje conversava com um amigo que não falava há algum tempo e, dentre os planos que eu disse que fazia para mim mesma, estava o mestrado. Ele educadamente me alertou que eu uso desse discurso há muito mais de cinco anos (ou seja, desde que nos conhecemos) e me disse - não com essas palavras é claro - que nunca movi uma palha para colocar o plano em prática. Ou seja, em poucos minutos de conversa, me dei conta que tenho sonhos que desde sempre não saem do papel. E que eu não faço nada, absolutamente nada, para mudar isso. E que não estou contente!!! Resumindo, acho que a idade chegou. E isso não tem nada (tá, tem um pouco, vai) a ver com os meus 30 e poucos anos. Véééia!!!!</div>Dianahttp://www.blogger.com/profile/03604254774662536803noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-36598996661853447552008-11-24T11:31:00.000-08:002008-11-24T11:36:05.846-08:00Os melhores amigos do zodíaco<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF_IT1JdnmBbBXHEkpMlz23eQAyS2K_ZxUfEJTV7X29G3oaVBSBJVckcIUF0V5gg1bx-3saJxfBglel_5zwSKg1sh6PJXCzZuQPkvsxTwajWaPM1w8LZhbsYD2wI8hs_vznsKQvnU1oqLN/s1600-h/sagit%C3%A1rio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5272309369313133650" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 101px; CURSOR: hand; HEIGHT: 135px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF_IT1JdnmBbBXHEkpMlz23eQAyS2K_ZxUfEJTV7X29G3oaVBSBJVckcIUF0V5gg1bx-3saJxfBglel_5zwSKg1sh6PJXCzZuQPkvsxTwajWaPM1w8LZhbsYD2wI8hs_vznsKQvnU1oqLN/s320/sagit%C3%A1rio.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br />Talvez seja mera coincidência, mas entre meus amigos mais animados encontra-se uma querida trupe de sagitarianos e sagitarianas. São aquelas pessoas que queremos próximas na mesa de um barzinho, de um café ou de um restaurante, falando com intensidade da vida, da existência no planeta, do capitalismo e do socialismo, ou simplesmente do último modelito das vitrines. Com elas e eles queremos ver os filmes mais polêmicos, as exposições mais aclamadas, os seminários mais candentes, os espetáculos de dança mais emocionantes, as peças de teatro mais cabeças. Com eles e elas queremos debater sobre os livros sérios e os da moda. Queremos falar no nosso trabalho, dos nossos corações, dos nossos pais e até mesmo dos nossos vizinhos. Na presença de um sagitariano ou de uma sagitariana qualquer festa fica divertida. Meus amigos e minhas amigas sagitarianas sempre têm uma escuta atenta, uma observação espirituosa e um comentário inteligente e divertido a respeito dos mais variados assuntos. Dinâmicos, bem humorados, de bem com a vida. São companhias para se ter ao lado, mesmo que meus amigos e as minhas amigas sagitarianas estejam cada vez mais distantes, no tempo e no espaço. Escrever estas poucas linhas é rememorar um pouco de cada um, de conversas singelas e tocantes, de conversas profundas e divertidas. Um beijo Charlotte, Stela, Tâmara, Bio, Georgia, Helena. Cada uma de vocês acompanhou momentos diversos da minha vida, trazendo toda sua alegria e espirituosidade ao meu mundo. Um beijo de gratidão e saudades!</div>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-2877072056226788802008-11-24T10:01:00.000-08:002008-11-24T13:28:44.463-08:00Heartless<div align="justify">Quando "Crazy" estourou estava em Nova York. Lembro da Alê dizendo que amava uma música que não parava de tocar nas rádios. Lembro de Fabian e eu tentando descobrir qual era na base do "lálálá" dela. Lembro ainda do Fabian dizendo que era uma das melhores músicas do ano e que os caras eram muito criativos. E lembro também do meu - óbvio - mau humor discordando completamente de tudo. No fim, acho que eles estavam certos. O Gnarls Barkley ("the odd couple") foi ganhando mais e mais o meu respeito. "Reckoner", do Radiohead, com Cee-Lo cantando é um desespero só. "Crazy" tem uma base que dá vontade de voar. Dê uma olhada nessa faixa aí embaixo. A música é de doer e o clipe mistura, na medida, toda a tristeza e o ridículo que envolve um pé na bunda. O diálogo é muuuito bom, espero que você possa entender. Música e clipe são uma boa tradução daqueles momentos em que perdemos o chão (floorless) e, principalmente, o coração (heartless). Seria legal se o humor não perdêssemos nunca.<br /><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/kTVSygNKAsg&hl=" width="300" height="300" type="application/x-shockwave-flash" fs="1" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true"></embed></div>Dianahttp://www.blogger.com/profile/03604254774662536803noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-34594859296899862482008-11-20T05:50:00.000-08:002008-11-23T04:36:09.802-08:00Onde os Fracos Não Têm Vez...<div align="justify"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_ukflzeTOTZA/SSWA3lIi7-I/AAAAAAAAAcM/hkrAA_O1U_U/s300-h/manojo-de-dolares.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5270760631256149986" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 156px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_ukflzeTOTZA/SSWA3lIi7-I/AAAAAAAAAcM/hkrAA_O1U_U/s200/manojo-de-dolares.jpg" border="0" /></a>Vi ontem na TV um programa que me pareceu extremamente oportuno para o contexto atual. Não me perguntem o nome porque já peguei o "bonde andando", mas a idéia é colocar uma espécie de "Super Nanny" das finanças organizando o orçamento de uma casa. Nesse programa específico, uma jovem de 25 anos, que morava em NY, estava completamente atolada em dívidas e a super-heroína da economia tinha que tirá-la dessa situação. Quando encontrei o canal - que agora não me lembro qual era - as duas estavam tendo a seguinte conversa: </div><div align="justify"></div><div align="justify">- Porque você deixou a situação chegar a esse ponto?</div><div align="justify">- Eu não sei....</div><div align="justify">- <strong>De agora em diante, nunca mais me diga que "eu não sei". Porque você sabe exatamente porque preferiu comprar um vestido ou um carro em vez de pagar as prestações da hipoteca da sua casa.</strong> </div><div align="justify">- Eu achei que como sou jovem ia conseguir sair da situação, dar um jeito. Afinal, é preciso aproveitar a vida enquanto se tem idade para aproveitá-la...</div><div align="justify">- Não me diga que aproveitar a vida é contrair um empréstimo com as piores condições que eu já vi na minha vida. <strong>O que você fez, querida, foi o seu completo suicídio financeiro.</strong> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Depois de lágrimas e lamentações, a especialista começa, então, a fazer cortes e mudanças no estilo de vida da personagem. "Meu Deus, como vou viver sem as unhas feitas?". "Eu não posso ficar sem sair com as minhas amigas no final de semana" e blá blá blá. Lógico que como todo <em>reallity show</em> que se preze a garota vai superar vários obstáculos, fazer sacríficios e no final será recompesada porque superou seu fracasso financeiro. Uma pergunta não me saía da cabeça enquanto eu via a cenas: serão os endividados os novos heróis americanos? Afinal, eles têm que lutar com uma monstruosa lógica do consumo, que cria a cada minuto novas necessidades inúteis. Além disso, combater uma ideologia do prazer imediato, de aproveitar a vida ao máximo, sem pensar no futuro. "Don´t worry. Be happy". Agora, o povo americano - e por consequinte toda a sociedade ocidental - está vendo que há, sim, muitos motivos para se preocupar. O estilo de vida americano é incompatível com uma economia equilibrada. A aquisição de bens não gera só <em>status, </em>mas a definição de um papel no mundo, uma identidade. E não ter essa possibilidade é se perder socialmente. Não é à toa, que deixar de fazer as unha para essa moça seja um drama sem precedentes. Mas, aos poucos, a realidade passa ditar novas regras. Foi incrível ver a "personal" das finanças perguntar sobre emprego para a moça:</div><div align="justify"></div><div align="justify">- Por que você não está trabalhando na sua área?</div><div align="justify">- Porque eu não me sentia feliz na minha área....</div><div align="justify">- E o que você ganha nesse outro trabalho está sendo suficiente para pagar as suas dívidas?</div><div align="justify">- Não. </div><div align="justify">- <strong>Então, vá ser infeliz ganhando dinheiro!</strong></div><div align="justify"></div><div align="justify">A conversa por mais absurda que pareça não deixa de ser engraçada. Por um lado, a sobrevivência falando mais alto que a realização pessoal. Por outro, a descontrução de uma idéia do trabalho "ideal". Ficou claro que não há sentido em falar de satisfação pessoal numa situação de crise. Por mais conservador que esse diálogo pareça, é muito interessante pensar que a continuidade desse sistema depende exatamente isso. Mesmo que depois se vendam livros de auto-ajuda, filmes sobre a realização dos sonhos e drogas da felicidade...Enfim, cada indivíduo tem que guerrear atualmente contra suas próprias escolhas. E na lógica desse mercado - para que o <em>happy end </em>aconteça - só os fortes sobrevivem... </div>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-74104352682145454452008-11-13T04:58:00.000-08:002008-11-13T05:37:45.621-08:00La nuit du mercredi<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqvWdF3e1otccr65YVTi8bf9Y8ZpISMyBB_Jm1ZfRFxsMiugp6By5QBE4I6rwZrkvcngpMS161JGvAjoa4UlNyurIp1mTenyXLQn5eB9fY76n4vlLlyS2Z6zE-t5lqK7Uzw23mu8YstWMg/s1600-h/Cadernos_de_pesquisa3Comp.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5268126067229071394" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 227px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqvWdF3e1otccr65YVTi8bf9Y8ZpISMyBB_Jm1ZfRFxsMiugp6By5QBE4I6rwZrkvcngpMS161JGvAjoa4UlNyurIp1mTenyXLQn5eB9fY76n4vlLlyS2Z6zE-t5lqK7Uzw23mu8YstWMg/s320/Cadernos_de_pesquisa3Comp.JPG" border="0" /></a><br /><div align="justify">Debaixo daquela chuva torrencial rumei para o CCSP em busca de mais uma experiência com a música erudita contemporânea. Um tanto desconfiada (dormi na última apresentação), esperei o concerto da amiga Lucia Cervini e do querido Horácio Gouveia, enquanto lia numa revista semanal que a maioria dos brancos americanos votou em McCain.<br />Não é que o concerto surpreendeu?! Felizmente tive o prazer da companhia sempre agradável de Don XYZ. Lúcia arrasou na primeira música, de Flo Menezes. “Focalizações sobre uma série (1980) para piano preparado. No começo confesso que remexi na cadeira esperando uma melodia agradável. Música não era para ser fruição? Não. Música contemporânea é para ser forma, como notou Don XYZ. E foi bacana perceber a coreografia corpo da pianista e piano, chegou um momento que entendi que o barato do instrumentista é entrar em sintonia com o instrumento, tirar os sons mais inesperados (como fazer ranger a corda do piano), e ser o elo entre a mente (um tanto maluca) do compositor, a notação musical e a realização da obra. Se o resultado não agrada nossa expectativa do belo, nos intriga e instiga.<br />Três vazios de Lao-Tsé (1999) para piano, de Marcos Câmara foi uma música agradável, colorida, em torno de um mesmo tema, e voltou a trazer a sensação harmoniosa de que o piano é um instrumento melodioso.<br />Crucifixus (2005), de Mário Ficarelli, foi maravilhosa. Começou sombria, e trouxe a dimensão profunda do piano e da música. O som foi cercando o ambiente e crescendo, até tocar, em tons mais agudos, no cerne da alma. Fiquei emocionada. Música é vibração, e seus efeitos em nossa percepção são variados. No caso da música contemporânea, em geral, quando a melodia é quebrada e os compassos são irregulares, o efeito em mim, que sou leiga, é de inquietação. Mas nesta música foi pura fruição, uma viagem pelos sentidos de sobriedade, um conjunto de sombras que se iluminam intensamente a cada acorde.<br />E então remexo na cadeira novamente. Embora impressionada com a interpretação de Horacio Gouveia, “Cortázar ou quarto com caixa vazia (1999), de Silvio Ferraz, foi um experimentalismo que me causou incômodo. Provavelmente para quem conhece música, o efeito deve estar em se deliciar com as peripécias da forma, com os diálogos entre os períodos históricos. Quanto a mim, ficava pensando, “quando ele vai mudar esse tema?!”. A resistência advém da ignorância, afinal.<br />Por fim, “Prelúdio” (2004) de Edson Zampronha, retomou a sonoridade colorida e as possibilidades sonoras múltiplas do piano. A última nota durou no espaço, lembrando que o silêncio também é música.<br />Ficamos nos perguntando o que vem depois da música contemporânea. Será que os compositores decretaram o fim da música? Será que é o entendimento de que a experiência da audição é a experiência da vida contemporânea, com seus ruídos incessantes? Se os românticos louvavam a natureza, os contemporâneos traduzem a inquietação das megalópoles, a ausência de sentido que muitas vezes experimentamos na vida, a impressão de estarmos tão distantes de Deus? Ou será apenas experimentação para quem se imbui verdadeiramente da linguagem da música?<br />De toda forma foi uma noite encantadora. Obrigada, Lucia e Horácio, pelo convite e por trazer essa musicalidade toda para uma gostosa noite de quarta-feira; obrigada, Don XYZ pela querida e gratificante companhia. </div>Luísahttp://www.blogger.com/profile/00465201669844183723noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-17736474742724267332008-11-12T05:27:00.001-08:002008-11-12T15:10:21.647-08:00O dia em que Stipe (não) me convidou pra subir<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBYhOmy6oThNszIeg_r_-OwfoEe34kzp862NaH0bvRIDixlG8nTuBdALb9s-xftxmTdD0ERf2VLjy5mJ5ahtneS_5JSA0dsCbYJ5qqjvJIc3NpX3vpIdkWUBoMN3rTESJap16fIpJSWT7v/s1600-h/stipe.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5267764244808663218" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 196px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBYhOmy6oThNszIeg_r_-OwfoEe34kzp862NaH0bvRIDixlG8nTuBdALb9s-xftxmTdD0ERf2VLjy5mJ5ahtneS_5JSA0dsCbYJ5qqjvJIc3NpX3vpIdkWUBoMN3rTESJap16fIpJSWT7v/s200/stipe.jpg" border="0" /></a> Minha mãe sempre diz que existem coisas que a gente tem de fazer na hora certa, sob risco de parecermos ridículos. Isso ela falava principalmente quando eu, aos 20, me recusava a usar mini-saias. Ontem, eu me lembrei dessas palavras.<br />Há umas semanas, eu e amigos decidimos que queríamos muito ver o show do R.E.M, mas não tínhamos como desembolsar as 200 pratas pedidas. Então, elaboramos um plano que parecia bem razoável. Chegaríamos na hora do show e pechincharíamos com cambistas - aqueles seres irritantes, que estão na ilegalidade. O teto seria 100 pilas. Como seriam dois dias de shows, acreditamos que a probabilidade do lance dar certo seria alta. Não deu. Conseguimos um ingresso a 130 reais e só. Como a gente prometeu que não iria rolar frustração (pelo menos aparente), terminamos a noite em uma lanchonete ali do lado. Eis que na volta, cortando caminho pela lateral da casa de espetáculos, um dos nossos some por uma porta de emergência, que parecia dar em lugar nenhum. A comparsa dele foi atrás. Sobramos eu e mais uma, sem muita paciência pra esse tipo de brincadeira. Alguns minutinhos depois e nada. Um deles nos liga, não entendemos nada. Ai ele volta para nos resgatar (isso foi muito fofo da tua parte, PC, muito mesmo). Uns cinco lances de escada depois, Michael Stipe está lá no palco. Ele e "Losing My Religion" e um telão enorme e Obama e a galera delirando. Sim, o risco de parecer ridícula assumindo que fiz uma coisa dessas é enorme - afinal, a adolescência ficou lá lá atrás. Mas foi o "pocket" show na faixa mais incrível que já vi. Agora, só me resta encarar a mini-saia. Antes que seja tarde demais.<br /><br /></div><div align="justify"></div>Dianahttp://www.blogger.com/profile/03604254774662536803noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-4251221761688949072008-11-05T12:18:00.000-08:002008-11-05T18:57:28.615-08:00Yes, We Can<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTCv4bduyizYuQdkyG3Ul3ihjEROF2CyWjkXdOyZ2b0lh7b1ELOtbPwFqJ4mnHBXEF4qsWyQPEwHeTBdSreJ9xC3uLjhmV1188O8Gw814ErNghtzAjZ1a4IFknks4piMDNmhlorf_p4mGx/s1600-h/cright1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5265272238235047906" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 323px; CURSOR: hand; HEIGHT: 254px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTCv4bduyizYuQdkyG3Ul3ihjEROF2CyWjkXdOyZ2b0lh7b1ELOtbPwFqJ4mnHBXEF4qsWyQPEwHeTBdSreJ9xC3uLjhmV1188O8Gw814ErNghtzAjZ1a4IFknks4piMDNmhlorf_p4mGx/s400/cright1.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5265271426839227554" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 298px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8TN0brNARgppAPKPDkRA4ku9HtOrur4-feFrnetp2z7-0qMAm1C8V7czMmn5DRJUF3gRwtDfAFuZ99WxpigTOADNnZHQLa_YD6B05JOLJUyq1iUKnLa85QBdo2V46T3r7aBEZ0GXWaPmY/s400/cright3.jpg" border="0" />Uma amiga minha voltou de Nova York há um mês e a única coisa que pedi a ela foi uma camiseta. De Obama. Odeio pensar em política e praticá-la sem conservar intacto o meu senso crítico. Mas como ficar impassível diante da possibilidade de ver o primeiro negro eleito no país mais importante do globo? Um país onde, há cerca de cinqüenta anos, negros eram obrigados a ceder seus lugares em transportes públicos (eu disse públicos), parte deles não votava e o primeiro deles a entrar em uma universidade teve de fazer isso escoltado pela polícia?<br />Não quero ferir sensibilidades, nem tampouco pedir que esqueçam o que ouvi e escrevi: não faltei às aulas de antropologia e sei que, em outras instâncias, o conceito de raça é uma grande bobagem. Mas essa bobagem tem sido manipulada de forma eficaz há algum tempo. Com resultados trágicos a um grupo de pessoas diferenciadas pela pele -- que, concordo, não são apenas vítimas passivas. </div><div align="justify">Porque vivemos em uma sociedade movida também por símbolos (como bem me lembrou Aramis), me sinto segura em dizer que, pelo menos nessa seara, algo incrivelmente importante -- histórico -- aconteceu hoje. E que esse algo vai ter impacto para muito além do Malcolm X Boulevard (Harlem, NY).<br />Por aqui, ter não só Obama, mas uma família negra na Casa Branca (o trocadilho foi sem intenção), pode ser inspirador. Para qualquer um. Domésticas, jovens negros que não passaram pela porta dos colégios e universidades onde estudei, trabalhadores braçais, pelés, sacis, para mim e para você também. Alarga nossos horizontes para além dos elevadores de serviço, entende?<br />Pense na sua caixa de estereótipos reservada aos negros (eu já ajudei). É ela também que está sendo remexida hoje. E eu desejo que seja uma revolução.</div>Dianahttp://www.blogger.com/profile/03604254774662536803noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-43614672296041236322008-11-05T07:36:00.001-08:002008-11-05T17:57:28.623-08:00OBAMA: I HAVE A DREAM....<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmxVr-tp8KwiNUqxRTil8EjlHr-aNq2gMQ0puE99MTSyTc0guXCRXe2yRh1kQmqd4Jk5FOMBVV3p6YmPdK6YRLN17e1yGSUVi4D_HFD7QtHs-fXACwajGVpfYYYCyUjOY2Alr8r7Q33Vwd/s1600-h/Barak-Obama-painting.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmxVr-tp8KwiNUqxRTil8EjlHr-aNq2gMQ0puE99MTSyTc0guXCRXe2yRh1kQmqd4Jk5FOMBVV3p6YmPdK6YRLN17e1yGSUVi4D_HFD7QtHs-fXACwajGVpfYYYCyUjOY2Alr8r7Q33Vwd/s320/Barak-Obama-painting.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5265206455176229442" /></a><br /><div align="justify">A Vitória de Obama é inspiradora. O novo presidente dos EUA não representa apenas uma nova era, mas uma transformação radical na mentalidade mundial. Barack Obama. Quem imaginaria que um nome desses algum dia estaria nas páginas da História americana? Pois é. Mas o que parecia impossível tornou-se real. Obama é sinônimo de mudança. Mudanças nos padrões, na forma de fazer política e de se pensar a política nos EUA. Depois de oito anos de uma gestão que pensava o governo do país como uma extensão dos negócios de família, os EUA escolheram um homem que não só coloca a política no seu devido lugar, como oferece um governo estrategicamente mais participativo, com uma visão humanitária e que prioriza as questões sociais em detrimento da lógica de mercado. Obama não venceu somente contra os repúblicanos nesse 4 de novembro. Ele é a vitória contra o racismo, a alienação e o conservadorismo. A mudança chegou em todo o Ocidente com essas eleições. Um líder carismático, num país em crise, que desenha um futuro mais otimista para o mundo. Afinal, estamos todos assistindo a realização de um novo - e concreto - sonho americano....</div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-68836109827963754082008-10-30T08:09:00.000-07:002008-10-30T09:36:07.515-07:00Cultivar-se<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx0hcfk6pxOSk5LhBD5PU2dhyphenhyphenT0_9S-D-Xi2DJysUbuUfu7SBgTkb_g88UHZAFpSPd9Xuq4KCKn7_I78dhWsFDWSZmdd7fspaQ-GeeXJZDVSu14SVUk90itOxv2zX24xmhQ1olsPrYc6Fn/s1600-h/EliseuVisconti_trigal.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5262985913766941426" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 180px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx0hcfk6pxOSk5LhBD5PU2dhyphenhyphenT0_9S-D-Xi2DJysUbuUfu7SBgTkb_g88UHZAFpSPd9Xuq4KCKn7_I78dhWsFDWSZmdd7fspaQ-GeeXJZDVSu14SVUk90itOxv2zX24xmhQ1olsPrYc6Fn/s200/EliseuVisconti_trigal.jpg" border="0" /></a>Ontem, uma amiga me falou sobre o ato de "cultivar-se". Fiquei com isso na cabeça e fui procurar auxílio no Aurélio. Cultivar no dicionário seria: "Fertilizar (a terra) pelo trabalho; 2.Dar condições para o nascimento e desenvolvimento de (planta). 3.Fig. Procurar formar; desenvolver: cultivar o gosto pelas letras. 4.Aplicar-se ou dedicar-se a: cultivar as artes. 5.Procurar manter ou conservar: 6.Formar, educar ou desenvolver pelo estudo, pelo exercício. Em todas as definições, um denominador comum para as ações: o "eu" sujeito" que produz ou cria as condições para que algo se desenvolva. Alguém que oferece os meios para o desabrochar de si e dos demais: se cuidando, se acarinhando, crescendo e gerando uma nova realidade. Sinto que de alguma forma tenho feito isso, apesar de me sentir incapaz de prever que tipo de fruto vai sair daí... O fato é que nenhuma mudança é previsível, mas é estranho não saber que rumo posso dar a partir das minhas próprias escolhas. Sei que não tenho aptidão para lidar com as coisas práticas do dia-a-dia. Por isso, talvez, seja mais fácil me refugiar num mundo mais abstrato de idealizações e de subjetivações. No entanto, o que fazer com isso é uma questão. Num mundo de respostas rápidas e demandas objetivas, essa demora por um plano, um projeto ou uma escolha pode ser fatal. Sinto-me deslocada num deserto, sem a ilusão de um óasis. Mas cultivar-se pode signivar também resistir. E para mim, resta seguir e fazer desse cultivo o meu único objetivo imediato. </div>Unknownnoreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-8302683421801417452008-10-25T21:12:00.000-07:002008-10-25T21:21:43.366-07:00É Pra Quando?<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2f6HQ2nicJV-9OoKpeSNv5Zc98fYr39rztPMfKj5guOlSUZwn2Jixc_PfiGM7kBq6YKVroJUthhVpUnvglUrvovI8cCOtP5nYpH_k5CsuW1DaoiB-s396MlSA5UsUTKWB793pqH63f-X6/s1600-h/A_espera%5B1%5D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5261312818034913490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 252px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2f6HQ2nicJV-9OoKpeSNv5Zc98fYr39rztPMfKj5guOlSUZwn2Jixc_PfiGM7kBq6YKVroJUthhVpUnvglUrvovI8cCOtP5nYpH_k5CsuW1DaoiB-s396MlSA5UsUTKWB793pqH63f-X6/s320/A_espera%5B1%5D.jpg" border="0" /></a>E ai, meninas, vocês vêm ou nao me visitar? Estou esperando!</div>Charlottehttp://www.blogger.com/profile/04980531449517549327noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-16682297802509917342008-10-22T09:03:00.000-07:002008-10-22T09:19:39.198-07:00Velha canção<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD8NfzQkHEEWlGueguKCa7dFcnh9XbeP0Jo3YQpzHBNiAJ6Q9doCFwvoeqFj6_Ytmah4erW0nPrg8o2qLbTF43RSotJjaHkS8Jr8FoXZ16lWzdE03HbuTXScCTaVhxRWyLuIzncsegiklt/s1600-h/Repeti%C3%A7%C3%A3o.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD8NfzQkHEEWlGueguKCa7dFcnh9XbeP0Jo3YQpzHBNiAJ6Q9doCFwvoeqFj6_Ytmah4erW0nPrg8o2qLbTF43RSotJjaHkS8Jr8FoXZ16lWzdE03HbuTXScCTaVhxRWyLuIzncsegiklt/s400/Repeti%C3%A7%C3%A3o.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260013436422673522" /></a><br />Hoje vou contra o sistema<br />A propaganda<br />O aderente mais perfeito<br />Descobri a minha angústia<br />E a angústia não é só minha<br />A cortina se abre<br />E o mundo continua velho<br />É o mesmo presidente<br />O mesmo caos<br />A mesma asfixia<br />Tudo velho, nada de novo<br />"Quero derrubar as cercas<br />Em que insisto em me defender"<br />O cão foi despertado: <br />Feroz, vivo, fugaz<br />E é ele que eu quero em mim<br />Porque é preciso ser assim<br />Ofereço a rosa:"A estúpida e inválida<br />A rosa com cirrose, a anti-rosa atômica"<br />Que ainda é nova<br />Para os que querem nos destruirUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-52664045545247324862008-10-21T16:09:00.000-07:002008-10-24T15:32:13.991-07:00Loki"Quando eu digo xis, gostaria que as pessoas entendessem xis".<br />Arnaldo Baptista, MutantesDianahttp://www.blogger.com/profile/03604254774662536803noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3451094172542041453.post-73358561565625195302008-10-14T13:54:00.000-07:002008-10-14T15:40:22.913-07:00Viagem ao Centro dos Mundos<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia4ytpHn4cnTavIfzOPnofj1Vou64WHivy2HYxJ_GKm-7hGFRDKbVDjIdvvmWEFRFSzeHDQ_LHalO5PrKv-pft4-NU_iXVGVNm-C8NspTtfDgRR9RUNG-lIn7PnHyLbeEY2VLVgAUewrj0/s300-h/viagens+intelectuais.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia4ytpHn4cnTavIfzOPnofj1Vou64WHivy2HYxJ_GKm-7hGFRDKbVDjIdvvmWEFRFSzeHDQ_LHalO5PrKv-pft4-NU_iXVGVNm-C8NspTtfDgRR9RUNG-lIn7PnHyLbeEY2VLVgAUewrj0/s200/viagens+intelectuais.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257140155414914594" border="0" /></a>Estive pensando sobre viagens. Não somente aquela que nos remete a outros espaços físicos, mas as viagens que nos levam para dentro de nós mesmos. Entre uma e outra, não sei dizer a que mais me instiga. À medida que planejo minha viagem para New York, entro num período particulamente sensível aos devaneios intelectuais. Estou lendo. Lendo muito e cada vez mais longe de uma verdade plausível sobre qualquer coisa. Às vezes, tenho medo que essas viagens me levem a um caminho sem volta, longe da razão e da comunicação com outros seres. Mas, o fato é que nessa trajetória estou encontrando o meu não-lugar no mundo. Uma sensação estranha de não pertencimento, de dupla cidadania entre duas searas: da razão e a do devaneio. Viajar através das mentes, subjetividades e discursos alheios tem sido um prazer enorme. Talvez, elas me ajudem a lidar de forma prática com a vida real. Ou, ao contrário, destruam qualquer possibilidade de realidade. Seja aqui ou em Manhattan, o fato é que uma boa obra te faz pensar sobre <span style="font-weight: bold;">que discurso é você.</span> Nessa semana, li "Plataforma" de Michel Houllebecq e assisti um filme francês que não me lembro o nome. Os dois falavam praticamente sobre a mesma coisa: uma situação de individualismo extremo, em que as relações só se dão se fetichizadas. Nessas duas histórias, relações simples como a amizade se tornam peças raras, que precisam ser descobertas através de cursos, excursões, palestras e livros de auto-ajuda. Estou longe dessa situação limite, mas confesso que perdi o interesse, de um modo geral, pelas pessoas. Tenho me limitado a um número certo de amigos, que tenho a certeza de manter um diálogo - e uma convivência - de bom nível. Tudo muito agradável, sem sustos e sem decepções. As outras pessoas - os diferentes, no caso - simplesmente não me interessa conhecer, estabelecer contato ou simplesmente me aprofundar num relação. Por isso, é mais fácil o envolvimento emocional com depressivos, alcóolatras e os comprometidos. Nada de riscos, de sentimentos desperdiçados ou de reações extremas. Tudo aparentemente sob controle e com o contato mínimo para manter os hormônios equilibrados. Talvez, seja por isso que um parágrafo do livro de Houllebecq me tenha tocado particularmente: "como europeu abastado, eu podia comprar a baixo preço, em outros países, alimento, serviços e mulheres; como europeu decadente, consciente da minha morte próxima e plenamente aberto ao egoísmo, não via motivo para me privar de tudo isso. Mas tinha consciência que tal situação não podia continuar indefinidamente, pois pessoas como eu não são capazes de assegurar a sobrevivência de uma sociedade... Mudanças iriam ocorrer, já estavam ocorrendo, mas eu não conseguia me sentir implicado nelas; minha única motivação autêntica era tentar sair daquela bagunça o mais rápido possível". Enquanto isso, minha viagem segue indiferente as oscilações da bolsa...</div>Unknownnoreply@blogger.com4