Meu domingo tinha tudo para ser mais um domingo como outro qualquer se não fosse por ele...Na capa da Trip ele me olhava como quem diz: "Agora posso ser todinho seu". E não resisti. Ele só pra mim. Aquele rosto tão conhecido da telinha agora era minha propriedade por apenas R$ 9,90. Em casa despi as páginas com a urgência, esperando que me desse um grande 'furo'. E eis o que se dá. Entre uma resposta e outra, Caco Barcellos me falava do que eu era. Da jornalista que pretendia ser e não fui, da idealista que se perdeu na montanha de contas para pagar e da falsa idéia de trabalho que eu construí pra mim. Para me desculpar daquilo que não fui ou do que não me tornei, me perguntei se atualmente é possível - ou viável - fazer aquilo que ele faz (e fez) tão bem. Lembrei da jovem universitária que o colocou num patamar para ser adorado e copiado, que lia o "Rota 66" vinte vezes para tentar absorver um pouco do que ele era e de como vivia a profissão. Senti falta daquela garota romântica, que tinha tanto medo de errar que errou. Mas ele compreensivamente respondeu: "Não perca tempo com medos indevidos". Não sei como continuar, Caco, e nem se quero continuar... Não sei se ainda posso me tornar você ou se continuo aos trancos e barrancos sendo apenas eu. Mas como você mesmo diz quero que a minha vida dê uma boa história. E, talvez, dessa forma eu consiga olhar para trás como a mesma dignidade que apreendi de você.
domingo, 20 de julho de 2008
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