domingo, 20 de julho de 2008

Um Caco Barcellos Para Chamar De Meu...

Meu domingo tinha tudo para ser mais um domingo como outro qualquer se não fosse por ele...Na capa da Trip ele me olhava como quem diz: "Agora posso ser todinho seu". E não resisti. Ele só pra mim. Aquele rosto tão conhecido da telinha agora era minha propriedade por apenas R$ 9,90. Em casa despi as páginas com a urgência, esperando que me desse um grande 'furo'. E eis o que se dá. Entre uma resposta e outra, Caco Barcellos me falava do que eu era. Da jornalista que pretendia ser e não fui, da idealista que se perdeu na montanha de contas para pagar e da falsa idéia de trabalho que eu construí pra mim. Para me desculpar daquilo que não fui ou do que não me tornei, me perguntei se atualmente é possível - ou viável - fazer aquilo que ele faz (e fez) tão bem. Lembrei da jovem universitária que o colocou num patamar para ser adorado e copiado, que lia o "Rota 66" vinte vezes para tentar absorver um pouco do que ele era e de como vivia a profissão. Senti falta daquela garota romântica, que tinha tanto medo de errar que errou. Mas ele compreensivamente respondeu: "Não perca tempo com medos indevidos". Não sei como continuar, Caco, e nem se quero continuar... Não sei se ainda posso me tornar você ou se continuo aos trancos e barrancos sendo apenas eu. Mas como você mesmo diz quero que a minha vida dê uma boa história. E, talvez, dessa forma eu consiga olhar para trás como a mesma dignidade que apreendi de você.

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