Trabalhar com política é uma experiência singular. Por um lado, é fascinante entender como as coisas funcionam nos bastidores, como tudo se articula e qual é a lógica do poder. Por outro, é extremamente cansativo operar nessa lógica. Eu pobre mortal do mundo da TV trabalho com tempo, com objetivadade, com coisas práticas. Palavras que definitivamente não são a prioridade dos partidos. O tempo que se perde discutindo o sexo dos anjos é enorme e isso atrapalha todo o operacional. Isso quando não é preciso fazer o mesmo trabalho duas ou três vezes porque cada figura do partido resolver dar sua opinião sobre o conteúdo do programa. Pra ser sincera, até agora não entendo como conseguimos transformar esse Frankstein numa Cinderela. Como os militantes não entendem o processo de TV, não levam em conta uma coisa tão preciosa para os profissionais da área de comunicação: agilidade. As decisões são tomadas, obviamente, pelos interesses do partido. Mas com uma morosidade que é inviável para a produção de um programa. É reunião para discutir os temas das reportagens, reunião para ver o material, reunião para discutir se todos estão de acordo com o que foi produzido...UFA! Enquanto isso, trabalhamos com dois computadores (apenas um com internet), um linha telefônica, sem carro e sem fitas suficiente para fazer tudo o que eles querem. No final, um cansaço enorme e uma vontade de virar anarquista.....
sábado, 23 de agosto de 2008
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Um comentário:
Maíra,
decidiu voltar para o campo de batalha, ops... para o trabalho? Se estiver no batente, sugiro que apenas conserve o bom humor e o sentimento de que você não é a super mulher que vai resolver tudo. Go with the flow! Besos.
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