quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O dia em que Stipe (não) me convidou pra subir

Minha mãe sempre diz que existem coisas que a gente tem de fazer na hora certa, sob risco de parecermos ridículos. Isso ela falava principalmente quando eu, aos 20, me recusava a usar mini-saias. Ontem, eu me lembrei dessas palavras.
Há umas semanas, eu e amigos decidimos que queríamos muito ver o show do R.E.M, mas não tínhamos como desembolsar as 200 pratas pedidas. Então, elaboramos um plano que parecia bem razoável. Chegaríamos na hora do show e pechincharíamos com cambistas - aqueles seres irritantes, que estão na ilegalidade. O teto seria 100 pilas. Como seriam dois dias de shows, acreditamos que a probabilidade do lance dar certo seria alta. Não deu. Conseguimos um ingresso a 130 reais e só. Como a gente prometeu que não iria rolar frustração (pelo menos aparente), terminamos a noite em uma lanchonete ali do lado. Eis que na volta, cortando caminho pela lateral da casa de espetáculos, um dos nossos some por uma porta de emergência, que parecia dar em lugar nenhum. A comparsa dele foi atrás. Sobramos eu e mais uma, sem muita paciência pra esse tipo de brincadeira. Alguns minutinhos depois e nada. Um deles nos liga, não entendemos nada. Ai ele volta para nos resgatar (isso foi muito fofo da tua parte, PC, muito mesmo). Uns cinco lances de escada depois, Michael Stipe está lá no palco. Ele e "Losing My Religion" e um telão enorme e Obama e a galera delirando. Sim, o risco de parecer ridícula assumindo que fiz uma coisa dessas é enorme - afinal, a adolescência ficou lá lá atrás. Mas foi o "pocket" show na faixa mais incrível que já vi. Agora, só me resta encarar a mini-saia. Antes que seja tarde demais.

2 comentários:

Unknown disse...

Se a polícia bater lá em casa vou dizer que não te conheço. Não ando com meliantes!
Bjo, PC

Anônimo disse...

use mini saia que vc tá podendo!!!!