Ando pensando sobre os finais de relacionamento. Acho que eles deveriam ser tão importantes quanto o começo. As pessoas deveriam ser tão cuidadosas quanto, pelo menos. É óbvio que eu não estou me referindo aos relacionamentos que terminaram com desrespeito de qualquer espécie - aquele cara que te deixou, devendo grana, carinho ou bom senso. E sim àquelas histórias que terminaram porque as pessoas deixaram de se curtir. Ou porque simplesmente a história não dava mais. Ou não tinha como. Tive um sonho horroroso na noite passada. Daqueles que você acorda suada, confusa e com lágrimas nos olhos. Não quero mais ter esse tipo de pesadelo. Na próxima noite, vai ser um finalzinho de tarde fresco, de um pôr-do-sol alaranjado. Vou pegá-lo pela mão e levá-lo a uma estação antiga, bem conhecida por nós dois. Antes que ele suba as escadas do trem, vou lhe dar um abraço forte, um beijo no rosto. Uma lágrima pode até descer, mas eu decidi que vou culpar o vento. Por causa de uma piscadela dele, sentirei que é mesmo o fim, mas que não fiquei nem menos bonita, nem menos interessante por conta disso. Apenas distante. Vai ser um esforço delicado e conjunto. Para que a gente possa ir em paz.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Bom.
A dura arte de encerrar uma obra...que muitas vezes é tida como mais fácil apenas fechar as páginas, guardar os pincéis, desligar a câmera...enquanto a imagem, pintura, historia, acontece fora do real, dentro do querer, pronta para dar sequência a serie...
Lindas palavras e esse filme é muito triste!!!
Postar um comentário