quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Uma noite de sons e sentidos

Ontem fui, acompanhada de dois queridos amigos, ao recital Johannes Brahms ouvir minha amiga Lucia Cervini e seu amigo Horácio Gouveia ao piano. Brincamos que eu escreveria uma crítica sobre a apresentação. Acho que ficaria mais ou menos assim,
Os artistas, pianistas e cantores, nos transportam para o universo da imaginação e do êxtase que a música comunica. Somos levados a rir com o dueto do casal empolgado, surpreender-nos com um misto de temor e fascínio com o cântico da bruxa e sua filha, e experimentar o sentimento de profunda devoção com a “Canção Séria”. As valsas tocadas a quatro mãos nos levam para o reino do fantástico, em que habitantes sublimes nos conduzem de volta ao presente, ao brilho sem limite; assistimos seres humanos iluminados trazerem clarão às vidas de sua platéia encantada. Sustentadas pelas notas vibrantes, doces, alegres e profundas a platéia comunica sua gratidão pela vida e pelo encontro de almas. Por fim os cantores retornam ao palco e ouvimos as agruras e encantamentos das canções de amor. Uma ode às musas faz com que agradecemos, em sintonia com Goethe, ao invisível mundo dos arquétipos abençoadores da arte.

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